Antes de começar essa querida e digníssima resenha, eu preciso dizer que esse drama se baseia em uma novel (livro) de mesmo nome. Foi a criadora que escreveu o roteiro do drama e, cara, não sei como ela só fez um drama na vida!! Cadê povo contratando essa mulher maravilhosa pra escrever mais sageuks?? Preciso!! rs. Bom, mas apesar de ter surgido por causa da novel, a inspiração vem de uma história real, da concubina Jang Ok Jung (ou Jang Hee Bin). Acho legal contar, pois vai dar uma visão muito mais ampla de quem foi essa mulher na época Joseon e como ela influenciou tantas obras até hoje. Então, rapidamente, vamos para a introdução:

Começando de uma forma simples, Jang Ok Jung (Jang Ok Jeong, ou mesmo Jang Hee Bin) era considerada uma das belezas mais proeminentes de Joseon. Ou seja, ela chamava muita atenção, além de ser de uma família nobre. Seus pais eram Jang Hyeong e Lady Yun. Porém, quando sua família entrou em colapso, ela acabou sendo enviada para o palácio para se tornar dama de honra da Rainha Viúva (uma das esposas do antigo Rei Injo), por indicação do Príncipe Dongpyeong (primo do Rei atual da nossa história, Sukjong). Depois de entrar no palácio, o Rei Sukjong acabou se apaixonando e Jang Ok Jung rapidamente tornou-se sua favorita (deixando claro que, na época, o Rei tinha uma esposa, a Rainha Inhyeon). Logo, ela foi favorecida pelo Rei. Com isso, também ganhou a proteção do mesmo dentro do palácio e virou uma concubina, porém da posição mais baixa: Sukwon e se tornou Jang Suk Won.

Obs: Embora a mudança de nomes com base na hierarquia e posição, irei continuar com o nome pessoal dela.

A Rainha Mãe (mãe do Rei Sukjong) era de uma facção (um partido), diferente de Jang Ok Jung. No palácio haviam partidos diferentes (vários dramas mostram isso) que lutam entre si. É quase uma "direita e esquerda" hoje. E por isso meio que "lutavam" para ganhar mais poder do que a facção oposta. Há definições de que ela era de um partido/facção Ocidental (Noron), enquanto Jang Ok Jung era da partido/facção Sul (Soron). Bom, claro que cada facção cuidava de quem ficava mais perto do Rei, então logo que Jang Ok Jung, de uma facção diferente, começou a se tornar a favorita dele, isso incomodou a Rainha Mãe. Tanto que, rapidamente, a Rainha Mãe a expulsou do palácio. Jang Ok Jung ficou afastada até a morte da Rainha Mãe e depois, com a permissão da Rainha Inhyeon, ela voltou ao palácio e à sua posição de Suk Won. Após um tempo, Jang Ok Jung subiu de posição. Primeiro para So Ui, depois para Hee Bin (que era a posição mais elevada para uma concubina, boa o suficiente para ficar só abaixo da Rainha). Isso se deu a fato de que Jang Ok Jung engravidou do primeiro filho, o primogênito, do Rei Sukjong. E continuou sendo sua favorita. Esse filho foi o Príncipe (e futuro Rei) Gyeongjong. O fato da criança ter nascido e também porque o Rei queria colocá-lo como Príncipe Herdeiro, foram um dos motivos principais para uma disputa sangrenta entre as facções dentro da corte, que se chamou Gisa Hwanguk. O Rei Sukjong queria de todas as formas colocar o filho que teve com Jang Ok Jung como futuro Rei, herdeiro ao trono, o que desagradou a facção Ocidental. Porém, o Rei não desistiu e tentou até dar a "custódia" do filho para a Rainha Inhyeon cuidar, porém, como a Rainha ainda era nova e podia muito bem gerar seus próprios filhos, houve uma grave oposição da Corte.

A disputa toda fez com que a Rainha Inhyeon fosse rebaixada de sua posição, junto com algumas mortes dentro da facção Ocidental que se opunha. Depois, com a Rainha deposta, o Rei Sukjong torna Jang Ok Jung sua nova Rainha e faz com que a facção Sul tome o poder na Corte, o lugar que era da facção Ocidental. Dizem que depois disso Jang Ok Jung começou a mostrar seu "verdadeiro eu". Ela se tornou possessiva, abusando de seu poder e tinha ataques de ciúmes por causa de outras concubinas. Uma dessas concubinas do Rei Sukjong era Choi (Choe), ou também conhecida como Dong Yi. Como o Rei também gostava muito dela, logo conseguiu o título Hee Bin (a posição mais alta de concubina, que antes era de Jang Ok Jung). Choi Suk Bin estava do lado da antiga Rainha, a Rainha Inhyeon que fora deposta. Nisso, com o comportamento de Jang Ok Jung, Choi e a facção Ocidental começou a pressionar o Rei que ficou desiludido com Jang Ok Jung.

Jang Ok Jung perdeu a proteção do Rei e, depois de 5 anos como Rainha, ela foi rebaixada para concubina novamente (dizem que na posição mais baixa, Suk Won). Ela não fora expulsa porque o Rei ainda se afeiçoava a ela e por ser mãe do Príncipe e primeiro filho. O Rei Sukjong restaurou a posição de Rainha Inhyeon e ela voltou ao trono. E claro, já sabemos que, com isso, a facção Ocidental voltou a ter seu poder na Corte.

Em meados de 1701, a Rainha Inhyeon morreu de uma doença desconhecida. Até hoje alguns dizem que, na verdade, ela fora envenenada, mas não se sabe ao certo o que causou sua morte. Outros ainda dizem que Jang Ok Jung foi vista por Choi (ou Dong Yi) em seu quarto com uma xamã, amaldiçoando a Rainha Inhyeon que voltara para seu posto de Rainha, o que causou sua morte. Com isso, suspeitam que Choi contou ao Rei Sukjong sobre o que Jang Ok Jung fez. O Rei Sukjong ficou revoltado depois da morte da Rainha Inhyeon, principalmente por descobrir que Jang Ok Jung estava aparentemente envolvida. Com isso, mesmo com os protestos da facção Sul implorando para que tivesse piedade pelo bem do Príncipe, o Rei Sukjong não teve como agir a não ser ordenar a morte de Jang Ok Jung. Não só isso, como ele matou os familiares mais próximos dela, a xamã, muitos da mesma facção e pessoas que eram contra a morte de Jang Ok Jung, o que gerou muitas mortes, uma das maiores registradas. Por conta disso, o Rei Sukjong assinou um decreto de que nenhuma concubina poderia mais se tornar Rainha.

Foi assim que Jang Ok Jeong morreu envenenada em 9 de Novembro de 1701 em Chwi Seon Dang, sua residência real dentro Palácio. Na época, ela tinha 42 anos.

Choi (ou Dong Yi) teve 3 filhos do Rei (infelizmente 2 faleceram na infância e o do meio se tornou o Rei Yeongjo) e por isso havia recebido a posição da concubina Bin. Ela foi conhecida por sua bondade, sendo uma das pessoas que ajudaram na cura da doença da Rainha Inwon. Ela morreu aos 49 anos e foi sepultada ao lado de outras concubinas reais que tiveram seus filhos no trono, mas não puderam se tornar rainhas, que no total são 7.

O Rei Sukjong viveu, a partir dali, com uma terceira esposa, a Rainha Inwon. Ela não teve filhos, porém viveu o bastante para presenciar a morte do Rei (em 1720) e também do filho da Jang Ok Jung que, embora tenha se tornado o 20º Rei de Joseon, acabou morrendo cedo. Ela deu o lugar de Rei ao Príncipe Yeongjo (filho da Concubina Choi, ou Dong Yi). A Rainha Inwon morreu com 70 anos e foi sepultada ao lado do túmulo do Rei Sukjong e da Rainha Inhyeon (que estavam juntos).

obs: o reinado do Rei Sukjong foi considerado como um dos mais prósperos da história de Joseon e houve muita troca de poder dentro da Corte, porém isso não afetou seu reinado. Na verdade dizem que ele trocava o poder assim que achava necessário. Mas, por isso também, foi um dos períodos com maior disputa entre facções.

Bom, isso foi o que consegui achar de informações sobre ela. Não sei o quanto está exatamente correto e comprovado, mas de uma coisa tenho certeza: Que história! Realmente parece coisa de dorama e não me admira que existam tantas produções inspiradas nela! Outra coisa interessante, mas não sei exatamente onde vi, é que dizem que a Rainha Inhyeon morreu depois de apontar para o aposento onde Jang Ok Jung estava. Meio que a acusando pela sua morte. Tenso rs.  Para completar, reuni alguns dramas e filmes que se baseiam na história da nossa "mulher fatal":






Quer saber porque esse drama está entre os meus favoritos da vida? O primeiro no ranking de sageuks (dramas épicos)? Porque ele é simplesmente ESPETACULAR, em todos os sentidos, mas quase ninguém conhece. Primeiro que a produção do drama ligou o f*da-se e fez o que ninguém teve coragem de fazer antes: uma Jang Ok Jung mocinha. Sabem o quanto isso é genial? Pois eu achei muito! Todas as suas ações, por mais que ruins, tinham uma justificativa e a luta dela para se manter viva no palácio e proteger seu amor pelo rei é de te deixar sem fôlego! O que me deixa triste mesmo é saber que esse drama recebeu muitas críticas negativas por lá, não pela trama em si, mas pela forma que trataram a Jang Ok Jung, diferente do que conta na história real. Eles são bem críticos nesse sentido. Achei desnecessário, pois é um dramão daqueles de guardar no potinho e proteger para todo o sempre kkk. A OST então, sem se fala, uma obra de arte magnífica! 

Gosta de um bom romance e muita treta? Esse drama é ideal pra você! Bora pra resenha! 🌟


O enredo começa com Jang Ok Jung criança. Ela é filha de escravos e, durante uma noite de fuga, sua mãe é levada presa, seu pai morre e seu irmão desaparece. Conseguindo sobreviver por causa da liberdade que seu pai comprou pra ela, Jang Ok Jung recebe ajuda de uma desconhecida. Com ela, Jang Ok Jung aprende a arte da costura. É assim que, depois de pegar gosto e jeito pela coisa, se torna a primeira "fashionista de Joseon" rs. Tem cada cena linda no começo do drama, a fotografia é simplesmente maravilhosa. E eu, em poucos minutos, já estava apaixonada.

Mais tarde, depois de um desastre no ateliê em que ambas ficavam, Jang Ok Jung conhece seu tio (que até o momento não tinha dado as caras), um comerciante muito, mas muito, ganancioso. O que ela não sabe é que ele quer usar a sobrinha para se vingar. Mas se vingar do quê? Não quero dar spoilers, então só vou dizer o cara não é flor que se cheire. Nem um pouco.


Nosso lindo protagonista, Lee Soon (interpretado pelo dlicia do Yoo Ah In rs), conhece Jang Ok Jung quando eles ainda são crianças, mas, como sempre, não sabem da identidade um do outro. Já crescidos, eles voltam a se encontrar, mas não se reconhecem. Lee Soon, por estar atraído por ela, esconde o fato de que é o Rei e diz ser chefe da guarda real. Claro que eu shippei HORRORES. A cada encontro, cada troca de olhar, cada sorriso, cada elogio e toque me fazia vomitar vários arco-íris!! Sabe aquele aulão de química? Então!!

Como eu expliquei no começo, na corte tem duas facções. Ambas ficam "brigando" entre si para conseguir mais poder. E como se consegue isso? Quanto mais pessoas dessa facção próximas do rei, melhor. No caso, a Rainha Mãe (mãe do Lee Soo) é da facção Ocidental, oposta a facção da Rainha Viúva. Por isso, ambas ficam brigando pra ver que mulher vai ganhar o coração do rei, para que suas facções tenham cada vez mais poder dentro da corte. Por isso, a avó dele planeja colocar Jang Ok Jung dentro do palácio, para que ele fosse tomado pelo sentimento que tinha por ela. E, meus amigos, é aí que mora o perigo... ou, na verdade, as TRETAS!

Mas antes de entrar nessa parte da trama, vamos falar um pouco da beleza e da performance maravilhosa do Ah In como Rei. Lee Soon é um personagem muito marcante. Sabe aquele rei forte, muito inteligente, debochado, poderoso e que faz a gente suspirar? Então! Cada tapa na cara que ele dava (figuramente) naqueles ministros sem noção era um grito que eu dava. Ele foi conhecido, historicamente, por ser um grande rei e ter realizado diversos feitos para proteger o povo. Mesmo que isso significasse entrar em uma guerra entre as facções. E foi bem assim no drama. Pelo tio de Lee Soon estar vivo, muitos planejavam traição. Não dava pra confiar em ninguém na corte, mas Lee Soon era tão inteligente que o tiro saia pela culatra. Cada vez que planejavam algo contra ele, o Rei já estava preparado pra revidar. Era maravilhoso e surtante de ver esse homem em ação! Por exemplo, eu amei o rei de The Moon that Embraces the Sun porque ele também era assim, mas acho que Lee Soon foi ainda mais firme como Rei e botava ordem na bagaça rs.

Tudo realmente começa a esquentar quando Lee Soon é forçado a casar com a Rainha Ingyeong. Ela vence da filha do Primeiro Ministro (partido Ocidental) e é por isso que Lee Soon a escolhe. Justamente para que o partido Ocidental não ganhe mais poder, equilibrando a influencia dos partidos na corte. Essa rainha também existiu, porém ela morreu muito cedo de varíola, como o drama também relata. Apesar de ser rejeitada por ele no início, a bondade da rainha faz com que Lee Soon acabe se tornando um amigo. Mas a sua morte prematura o obriga a se casar com a Rainha Inheyon, a filha do Primeiro Ministro. Logo, a facção Ocidental tenta controlar o rei com seu poder. E é nessa guerra de poder que Jang Ok Jung entra no palácio como serva, como plano da Rainha Viúva para parar a facção Ocidental. 

Meu coração fica em pedaços porque Lee Soon sabe do plano da avó e pensa que os sentimentos da nossa prota fatale faziam parte da tramóia. Mas a coitada não sabia de nada, muito menos que seu amado era, na verdade, o Rei de Joseon.

  

Por um lado temos a Rainha Viúva tentando juntar o rei e Jang Ok Jung. Por outro, temos a Rainha Mãe tentando separá-los a todo custo, já que apoia a Rainha Inhyeon. Mas apesar de todas as dificuldades, o amor dos dois é poderoso. Cada vez mais fofo, mais destruidor e avassalador. Sério, se preparem para abraços, mãos dadas, troca de carinhos e muuuito ship! O que era o Lee Soon pedindo para ela vestí-lo e os encontros no meio da noite? 

❤

Mas nem tudo são flores. Principalmente em sageuks.

Depois que ela é favorecida pelo rei, a Rainha Mãe mostra seu verdadeiro veneno! Faz com que a prota sofra seus piores medos e tenta matá-la. Além de acusá-la de muitas coisas injustamente. Mas a parte boa desse drama, como citei no começo, é a determinação e coragem da Jang em estar disposta a enfrentar tudo e a todos para proteger seu amor pelo rei. E ela não deixará barato! #girlpower

Olha que eu não contei nem metade das tretas que acontecem no drama! Mas para deixar tudo mais eletrizante: Lee Soo promete fazê-la subir de nível. Primeiro como Suk Won (concubina mais baixa) até Hee Bin (a mais alta). E, enquanto isso acontece, a Rainha Mãe, Jang Ok Jung e a Rainha Inhyeon vão brigar, tentando derrubar uma a outra. E é exatamente por isso que a prota promete se tornar rainha, custe o que custar, assim poderá proteger seu amor pelo Rei e também ter poder o suficiente para poteger a si mesma e sua família. Aí que entra as tantas "atrocidades" que a personagem faz (ou é acusada de fazer, injustamente) para manter a verdadeira "essência" da Jang Ok Jung. EU DISSE QUE ERA GENIAL, NUM DISSE??

Agora, sobre o final: Não posso dizer muito, mas garanto que foi um dos finais que mais me emocionou e me marcou de verdade. Chorei muito e terminei com aquele sentimento de que havia presenciado um amor tão forte que nunca mais esqueceria. E foi bem isso. Mesmo que brigassem e se desentendessem, eles sempre se perdoavam. Nunca deixaram de se amar. Meu coração se apertava em todos os eps. Os abraços desesperados, a promessa de nunca soltariam a mão um do outro... foi um drama cheio de amor! E a OST maravilhosamente incrível e belíssima só ajudava! Sempre que escuto penso nesse casal tão lindo e marcante. 

  
  
  

Espero que tenham gostado desse post especial e que, de alguma forma, eu tenha convencido vocês a assistirem esse hino de drama que não foi reconhecido como deveria rs. E fiquem de olho lá na Unnie Fansubs que logo logo teremos o lançamento dele e de outros projetos muito especiais! 💚 Até a próxima!